Coordenação: Adriana Angélica Ferreira
Subcoordenação: Maria Ivanice de Andrade Viegas

 

Sobre o projeto:

Apesar da memória ser algo que pertence também aos indivíduos por meio de sua ação pessoal de lembrar, ela necessita de suportes materiais para que não morra. Por isso ela comporta uma esfera particular, mas depende de um coletivo para que seja preservada.
De modo semelhante ao que acontece com a memória de uma cidade em constante transformação, a memória de uma instituição, como por exemplo, a escolar, também precisa de suportes para que não seja lançada no esquecimento. Desse modo, velhos cadernos de planejamento, livros didáticos, propostas curriculares, fotos, antigos instrumentos de avaliação, troféus, equipamentos de atividades físicas, relatos de projetos, depoimentos orais e uma infinidade de outros elementos são os suportes materiais da memória de uma instituição de ensino e fazem parte do que tem sido reconhecido como cultura escolar (BENITO, 2017).
Recentemente tem-se consolidado na nossa sociedade um processo de descarte generalizado em nome da racionalidade espacial. Tudo se torna lixo e avalia-se que deve ser eliminado, constituindo uma verdadeira cultura do descartável e que também atinge nossas escolas. No entanto, o resultado dessa realidade precisa ser objeto de reflexões, bem como ser modificado por meio de projetos voltados para a preservação desse flanco da memória social.
Partindo dessa realidade esse projeto realiza ações conjuntas com a Escola Municipal Mestre Ataíde (EMMA), da prefeitura municipal de Belo Horizonte, com vistas a inventariação do seu acervo, organização, digitalização e disponibilização para a comunidade escolar, visando também contribuir com a realização de projetos de ensino que envolvam a história da instituição.
A EMMA foi criada em 1972, pelo prefeito em exercício, Dr. Oswaldo Pieruccetti e em breve completara meio século de existência. Durante esses quase 50 (cinquenta) anos de sua vida, já passaram por essa instituição incontáveis estudantes, professores, funcionários, familiares de alunos e tantas outras pessoas, que de algum modo deixaram marcas na sua história.
Através do ato elaborado da recordação, resultado de um esforço ativo de relembrar o passado, elaborou-se a metodologia do projeto que pretende contribuir para a preservação da memória dessa instituição pública de ensino. Começando pelo nome da Escola Municipal Mestre Ataíde, sua inserção no bairro Betânia, seu tamanho, suas práticas educativas, avalia-se que há muito para se descobrir sobre os sentidos que lhe são atribuídos e sobre a
história dessa instituição, que já caminha para se tornar uma jovem senhora. Referências

BENITO, Agustín Escolano. A Escola como Cultura: experiência, memória e arqueologia. Campinas: Alínea, 2017.

Equipe
ESCOLA MUNICIPAL MESTRE ATAÍDE
Beatriz Simões Meijón Magalhães
Rosimar Ferreira
Darley Antônio Leal
Lino do Carmo

CENTRO PEDAGÓGICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS
GERAIS
Adriana Angélica Ferreira
Maria Ivanice de Andrade Viegas
Araci Rodrigues Coelho
Danielle Gregole Colucci
Eliane Campos Ferreira Vieira
Giovanna Camila da Silva
Marcos Elias Sala